E o brilho daquele sorriso no qual aquela menina estava tão acostumada de repente se apagou, e o escuro prevaleceu pela primeira vez. O sentimento que veio com a escuridão era inquietante, claustrofóbico, pegajoso como o suor de uma pessoa febril. E a menina se apavorou.
Esqueceu-se que a escuridão a luz sempre coexistiram e que ela estava ali o tempo todo, só que aquele sorriso farol que apaziguava apagou-se sem deixar vestígios e a menina esquecida de que seu brilho próprio também poderia afugentar os medos e monstros da sua caixa de pandora, permitiu-se entrar em pleno breu sem o amparo da luz.
E quando se permiti apagar a luz, tudo o que antes estava submerso veio à tona como a força de uma tromba d’água. E a escuridão ao contrario da luz é pesada, não se pode carregar, não se pode viver dentro dela e ser feliz, mas ao inverso do que o senso comum diz quando que quando a escuridão vem não se pode fazer nada não existe saída. A escuridão existe como sempre existe a escolha.
E uma delas era encarar tudo de coração limpo e mente aberta e aceitar que a escuridão também faz parte do que somos. E só assim se permitir brilhar novamente.
E a outra é opção que é mais cômoda se permitir afugentar do medo de sua pior face e deixar que sua própria caixa de monstros e aberrações se liberte esquecendo de que não é necessário o brilho farol de outra pessoa se existe o seu próprio, e que os medos e monstros sempre serão afugentados com sua luz própria.
Aquela menina para variar esqueceu-se de si sem eu caminho, mas ela não nasceu para sofrer ninguém nasce, e sofreu quando a luz se apagou, mas aprendeu que a escuridão existe, para ser equilibrada e de forma alguma podemos deixar ela tome nosso caminho para si, ela não pode dominar o que somos, pois nascemos para aprender a ser luz, mesmo que vez ou outra venhamos a esquecer desse detalhe.
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