Antes devo refrescar a sua memória querido amigo que por um
acaso do destino parou no meu blog para ver oque acontece. A História do dia é
relacionada aquela nossa velha amiga, aquela criança que vive dentro de nós e
que no final do dia foi ela que decidiu o que devemos ou não fazer, é sobre
essa criança e suas descobertas de quem vou falar.
Aquela menina sentada em seu balanço de parquinho já estava
cansada ou poderia até se dizer frustrada de contemplar tantos rostos cansados,
enrugados de preocupação ou como ela gostava de pensar “essas pessoas parecem
com aquelas folhas secas da minha estação favorita, o outono.”.
O mundo estava
girando tão rápido e de tal forma que as pessoas passaram a se parecer entre si
e as feições antes tão distintas umas das outras passaram a se misturar como se
fosse uma massa seca de algo grande e disforme, ninguém era mais diferente de
ninguém e quando digo isso não é da forma positiva onde se pode dizer que a
etnia ou a opção politica, social, sexual e até mesmo cultural era respeitada
por todos se verem como iguais portando as diferenças deveriam ser
respeitadas... Não! Definitivamente não, eram todos os mesmos só que
ressecados, os mesmos preconceitos e atitudes ignorantes que insistiam a
permanecer estavam ali às vezes até soavam mais agressivas... Agora as pessoas faziam sempre as mesmas
coisas e discutiam no final do dia não mais sobre o ‘ser’ e sim o ‘ter’. Tudo
havia mudado e nossa querida menina já
se considerava como parte daquele sertão onde as pessoas eram como cactos
cheios de espinhos preparados para ferir ao menor toque.
Foi então que a
menina passou a prestar atenção de verdade naquela natureza ao seu redor e teve
a brilhante ideia de se lembrar de uma antiga professora lhe dizendo “preste
bem atenção menina, todas as plantas geram flores hora ou outra, umas demoram
mais que outra, mas no final todas tem o final de se tornar uma flor”, e ao se
lembrar disso a menina encontrou em seu agreste pessoal sua fonte de água
limpa, e passou a regar carinhosamente cada cacto agressivo plantado ao seu
redor, e com o tempo até os cactos mais rudes geraram flores mostrando toda sua
plenitude e reconhecimento por ter sido bem tratado, com isso a menina já não
achava mais tão ruim ser parte daquela natureza afinal sempre valia a pena ver
a beleza de todas aquelas flores.
1 comentários:
Agora sim um texto no estilo da T que conheço.
Fazia tempo que não gostava tanto de um texto seu.
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